terça-feira, 3 de outubro de 2023
E a Maria Inês chegou em julho, 19!
domingo, 19 de junho de 2022
Babá!
Ouvir os meus netos a chamar por mim «Babá!» é precioso. Os espanhóis usam devidamente este adjetivo, já nós, somos demasiado preciosistas para o fazer, mas é o que é: precioso, efémero...
O Tomás chegou em setembro, em plena pandemia, há quase dois anos, foi o tempo em que deixei o blogue a pairar na rede, olhava de vez em quando para o ícone, mas não abria, deixa-o estar que estás bem assim. Mas não estou, nem estive. Trancados meses a fio em casa com medo do COVID, que nome esse, que praga! Máscaras, medo, uma merda. Trabalho no computador, pais a meterem-se nas minhas aulas, gente mal formada, mal educada, sem escrúpulos, um inferno pegado. O que podia ter sido uma experiência a manter pelo grau de diferença que se impôs, recurso a todas as novas tecnologias ao nosso dispor, foi um motivo para ingerência no nosso trabalho, na nossa casa, nas nossas vidas. E ainda não passou, a puta da pandemia, ainda anda por aí, como o outro. Mas o que ela nos trouxe foi uma vontade imensa de sair. Sempre a querer, desesperadamente, sair de casa, dormir e comer fora, longe de Évora... Foram dois anos de gastos imensos em dormidas e comidas, que me souberam lindamente, mas convenhamos que não é possível manter este luxo, não somos ricos, o que é uma pena. Tem sido bom e aproveitei todos os pedacinhos, bocadinhos de tudo. A última noite foi no palácio de Queluz, terra sem encanto, depois de um almoço em Peniche, terra suja, mal cheirosa e feia, de que nunca gostei. gostava das idas ao Baleal, onde era sempre bem recebida até deixar de ter vontade de lá voltar. O Afonso perdeu a madrinha e eu uma (suposta) amiga, que não percebia por que é que eu continuava com o Domingos. Foi melhor assim, preferi perder a madrinha do Afonso a perder o Domingos, por mais dificuldades financeiras que pudéssemos ter.
Vale tudo para estar com os meus pequeninos, quase tudo, porque não quero que fiquem fartos de mim, de me ter de volta deles o tempo todo, mas o certo é que ganho tempo de vida quando estou com eles e definho aqui... O calor, cada vez mais insuportável, gasta-me, desgasta-me, os silêncios matam-me devagar, a passo certo. Depois vem um «Babá!» e o meu coração dispara! Os meus amores mais pequeninos, os grandes já não são como eram, vão-se entre os meus dedos, escorrem. Mas é assim, fazemos escolhas, todos as fazemos. Nas minhas, tenho excluído muitos daqueles que fizeram parte da minha vida, por esta ou aquela razão, tornaram-se dispensáveis ou indispensável serem dispensadas. A mãe dizia para eu não ser assim, porque poderia vir a precisar das pessoas, mas nunca segui o conselho, não me pareceu adequado. Os amigos não são para as ocasiões, esses são os conhecidos. Por isso, tenho uma coleção de conhecidos e uma mão cheia de amigos, não preciso de mais. Diz-se que a quantidade de amigos de alguém a define, quantos mais melhor pessoa! Será! Nem questiono, o que faz de mim uma pessoa poucochinho, certamente com poucas qualidades, acredito que sim.
No entanto, aqui estou! Voltei, melhor, é certo, mas sem estar bem, prozacodependente, sem muita vontade para muita coisa, um pouco preguiçosa no que respeita o que não me apetece, mas dedicada às minhas paixões, sempre. Sempre à espera (MAS NÃO SENTADA) do que não tenho e quero, agarrada ao que tenho e que não quero perder, sem lágrimas, secaram para e por alguns. De braços abertos para abraços para aqueles de quem gosto muito, os abraços também são preciosos.
sábado, 18 de junho de 2022
E já vai tarde... enterrar fantasmas.#metoo
sexta-feira, 5 de junho de 2020
thegiganticchange.com
domingo, 18 de agosto de 2019
O que me faz feliz?
terça-feira, 30 de julho de 2019
Helena, obrigada por existir...
Em tempo de férias
Famílias
segunda-feira, 10 de junho de 2019
domingo, 9 de junho de 2019
sábado, 8 de junho de 2019
domingo, 5 de maio de 2019
Aprender, segundo a UNESCO
Aprender a conhecer (valorização do conhecimento), aprender a fazer (competências), aprender a ser (realização pessoal, criatividade) e aprender a viver juntos/conviver (coesão social).
segunda-feira, 29 de abril de 2019
Pensamento do dia
quarta-feira, 24 de abril de 2019
Ser professor, João Pedro Mésseder
Se um fio de beleza não pudesse soltar-se daqueles dedos, daquelas vozes cantoras, daqueles corpos em movimento, ser professor não seria um sonho.
segunda-feira, 22 de abril de 2019
domingo, 21 de abril de 2019
sábado, 20 de abril de 2019
Beija-me burro *****
Beija-me Burro
R. Dr. António Patrício Gouveia 8 Loja B, 2780-185 Oeiras
961 620 947
https://maps.app.goo.gl/sUGb9eoZPFtrv6TS6
Batatas fritas especiais, bem boas, e tirinhas de carne (que não comi)
Bacalhau com puré de grão e grelos, uma maravilha
Queijo Camembert com geleia de pimentos, uma delícia
sexta-feira, 19 de abril de 2019
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Dor
que é dor que se sente
a dor que é dó
da gente que sente
a dor que não entende
a dor que é a falta da gente
a dor de ser gente com dor
de ser dor de gente
que só o quer ser
dor que é saudade
saudade de ter saudade
dor de quem tem medo
medo de sentir dor.
Gastar as senhas e quanto ao lixo tóxico: detox.
O Natal nos Olivais não deixou saudades e o Restelo uma sombra do que foi e do que poderia ter sido. Olhando bem para trás, só me senti lá bem até 88, nesse ano percebi, com muita clareza, que não fazia parte, por isso, esse Natal foi a quatro nas Caldas. O Afonso com dias de vida, a Inês totalmente baralhada, e nós os dois com a certeza que dali para a frente nada seria como dantes. Graça teve ver a tia à porta de casa com um saco cheio de presentes, cheio de má consciência, com um ar de Mãe Natal tardia... Desde aí, o Natal nunca mais foi o mesmo. Sempre à espera do telefonema para saber se era para ir ou não... Fazer as malas a correr, para depois me sentir a mais.
E quando, por opção, ignoramos os outros? Por opção! Não por qualquer outra razão. Porque queremos marcar uma posição. Há retorno? Volta a dar? Ah, estou em falta... Estás? Não me parece. Desculpa! O quê? O que foi feito em consciência? Um marcar de posição, uma demarcação? Não há mesmo volta a dar. Não faço mais de conta. O que está feito, está feito. Vive-se com isso, fica resolvido, porque não tem solução. E vive-se bem? Claro que não. Mas quando somos nós a definir o que é e não é importante, fica mais fácil. Decidimos que magoar os outros não é importante, por isso não faz muito mal, o outro que resolva. Ah, preciso de falar! Não me parece, não há nada que eu queira ouvir, não qualquer desculpa esfarrapada misturada com declarações de amizade profunda e longa, para mim é mais longínqua do que longa. Ficam, sobretudo, os laços de família, que de família pouco me enlaçam. Mas mais uma vez, não faz mal... Fim de vários capítulos. «É uma pessoa, essencialmente, boa», pois! Já eu... não. Mais do estilo rancorosa, que não esquece, que tem dificuldade em entender e, por isso, perdoar... Assunto encerrado. Chamemos-lhe um detox!
Assim como assim, encerrei alguns assuntos. Mas há mais para resolver e encerrar, bem mais difíceis. Os que não sei como, são intrínsecos, estão de tal forma embrenhados em mim que fazem já parte do meu ser, sempre fizeram, aliás, têm estado em banho-Maria, a marinar, a adensar-se, a deixar-me sem ar. Esses, devagar, devagarinho, vão dando cabo de mim.
terça-feira, 4 de setembro de 2018
domingo, 2 de setembro de 2018
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
Como o ogre o e o gigante
segunda-feira, 30 de julho de 2018
P'ra mesa!
Nos Olivais, estar à mesa significava, sobretudo comer. As conversas normalmente não acabavam bem... Também não acabavam bem os jantares que implicavam explicações forçadas de Matemática! Por isso o estar à mesa não era aquele momento. Uma vez, de tão farta que estava do mesmo, levantei-me para ir acabar de «comer» na cozinha. Levei com os berros do costume e voltei a sentar-me. Variedade era coisa que não havia, nem nos assuntos nem na ementa, normalmente eram bifes com batatas fritas ao jantar, grão com bacalhau às quartas ao almoço, aos fins de semana havia feijoada, carne guisada, cozido, carne assada no Natal e peixe assado na Sexta-Feira Santa. Sopa, sempre, mas só para as magras, a Paula e eu. A mais velha estava dispensada, porque era gorda. Aos sábados, no tempo da Clarinda, faziam-se pastéis de massa tenra e rissóis, mas foi um tempo que acabou depressa. O arroz era uma espécie de «unidos venceremos» e a massa que a mãe fazia costumava ficar a nadar no prato, o ketchup ia disfarçando, mas só nos livrámos deles quando começámos a ser nós a cozinhar. Aí víamos o meu pai a pôr de lado as coisas esquisitas que queríamos fazer e dar a conhecer, não gostava de mistelas, de disfarçados, de esquisitices, de modernices e, às 19.30h, tinha de estar à mesa! Começava a olhar para o relógio com uma impaciência que dava dó! Até parecia que o Carmo e a Trindade cairiam se não almoçasse ao meio-dia e meia e jantasse às sete e meia! Encontrei isso, há vinte anos em Montemor-o-Novo, quando um dos nossos vizinhos, um senhor já de idade avançada apareceu à porta de casa a reclamar com a mulher que eram horas de jantar! Deve ser por isso que agora não me preocupo minimamente com horários, quando está pronto está pronto! Até parece que estamos em Évora, dizem os meus filhos quando, em Lisboa, em casa deles, almoçamos ou jantamos tarde.